O TRATAMENTO CLÍNICO NO TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE: DESAFIOS E POSSIBILIDADES

Resumo

Introdução: O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é uma condição psiquiátrica complexa caracterizada por instabilidade emocional e comportamental. As abordagens clínicas eficazes para o tratamento do TPB, como a Terapia Comportamental Dialética (DBT) e a Terapia Baseada em Mentalização (MBT), têm mostrado resultados positivos em estudos controlados, mas enfrentam desafios significativos na prática. A necessidade de treinamentos especializados, alta taxa de abandono e eficácia variável das intervenções são desafios que impactam a adesão e os resultados clínicos. O tratamento farmacológico também apresenta limitações, com evidências inconsistentes sobre sua eficácia. Melhorar o acesso às terapias e a integração de abordagens psicossociais e farmacológicas é essencial para otimizar os desfechos dos pacientes com TPB. Objetivo: Analisar e sintetizar as evidências científicas sobre as abordagens clínicas mais eficazes no tratamento do transtorno de personalidade borderline, identificando os principais desafios enfrentados pelos profissionais de saúde e as possibilidades de intervenções terapêuticas
para melhorar os desfechos dos pacientes. Métodos: Uma revisão sistemática de literatura foi realizada nas bases de dados Pubmed e Scopus, com um filtro de 5 anos e estudos de alta qualidade metodológica em língua inglesa. Resultados e Discussão: Evidencia-se que tanto a Terapia Comportamental Dialética (DBT) quanto a Terapia Baseada na Mentalização (MBT) são eficazes na redução dos sintomas e na melhoria dos desfechos dos pacientes. A DBT se destaca na diminuição das autolesões e na gravidade dos sintomas, enquanto a MBT mostra sucesso na redução dos comportamentos suicidas. No entanto, a comorbidade com transtornos de ansiedade e uso de substâncias torna o tratamento mais complexo e exige uma abordagem integrada. A personalização das terapias e a combinação de intervenções psicoterapêuticas e farmacológicas são essenciais para enfrentar esses desafios. A colaboração entre profissionais e a adaptação das terapias às necessidades individuais dos pacientes são fundamentais para alcançar melhores resultados. Conclusão: Portanto, as abordagens clínicas para o tratamento do TPB, como a DBT
e a MBT, demonstram eficácia significativa na redução dos sintomas e na melhoria dos desfechos dos pacientes. A combinação dessas terapias com intervenções farmacológicas é promissora, mas a presença de comorbidades e a necessidade de tratamentos adaptados destacam a complexidade do manejo do TPB. A colaboração multidisciplinar e a personalização do tratamento são fundamentais para enfrentar os desafios e melhorar os resultados. A inovação nas abordagens terapêuticas e a adaptação às necessidades individuais dos pacientes são essenciais para superar as limitações atuais e otimizar a qualidade dos cuidados.