PREVALÊNCIA DE TALASSEMIA EM PACIENTES COM ANEMIA NÃO FERROPÊNICA NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.70209/rics.v1i1.13Palavras-chave:
Talassemia, Anemia não ferropênica, Prevalência, BrasilResumo
Objetivo: Esta revisão bibliográfica narrativa teve como objetivo explorar a prevalência de talassemia em pacientes com anemia não
ferropênica no Brasil, analisando evidências disponíveis para oferecer uma visão detalhada sobre a questão. Métodos: A pesquisa foi realizada em bases de dados eletrônicas, como PubMed, Scopus, Web of Science e SciELO, cobrindo o período de janeiro de 2010 a agosto de 2024. Utilizaram-se termos de busca relacionados à talassemia e anemia não ferropênica no contexto brasileiro. Foram incluídos estudos com dados primários ou análises secundárias relevantes e excluídos estudos que não abordaram especificamente a população brasileira ou eram resumos de conferências. Resultados: A prevalência de talassemia em pacientes com anemia não ferropênica no Brasil varia de 1% a 10%, com taxas mais elevadas no Nordeste e Sudeste em comparação ao Sul. A eletroforese de
hemoglobina foi o método diagnóstico mais utilizado, mas a PCR também é importante, embora menos acessível. A prevalência mais alta nas regiões do Nordeste e Sudeste reflete a presença de populações com ascendência mediterrânea e africana. Discussão: A variação na prevalência observada pode ser atribuída a fatores étnicos, regionais e metodológicos. A dependência da eletroforese de hemoglobina e a falta de diretrizes uniformes contribuem para o subdiagnóstico da talassemia. A predominância feminina na detecção pode estar relacionada a uma maior procura por atendimento médico. Conclusão: A talassemia é uma condição frequentemente subdiagnosticada em pacientes com anemia não ferropênica no Brasil. A padronização das diretrizes diagnósticas e a promoção de tecnologias avançadas são essenciais para melhorar a identificação e o tratamento da doença. A conscientização dos
profissionais de saúde e a implementação de protocolos uniformes podem contribuir significativamente para um diagnóstico mais preciso e um manejo adequado.